No mês da Consciência Negra, Câmara dos Deputados aprova criação da bancada negra

No mês da Consciência Negra, um fato histórico e simbólico ocorreu na Câmara dos Deputados: a criação da bancada negra, na quarta-feira. O projeto foi proposto por dois parlamentares de campos ideológicos opostos: Talíria Petrone, do PSol, do Rio de Janeiro, e Damião Feliciano, do União Brasil, da Paraíba. Já o relator do projeto foi o deputado Antonio Brito (PSD), da Bahia.

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“Nada mais justo para um Brasil que não avançou na democracia racial”, afirmou Talíria. A bancada terá um coordenador-geral e três vice-coordenadores. “Este é um momento muito importante para o Brasil”, destacou o relator. A principal mudança proposta por Brito é a possibilidade de a bancada participar da reunião de líderes da Câmara com o presidente Arthur Lira (Progressistas-AL), que define a pauta de votações do Plenário, com direito a voz e voto. A bancada também poderá utilizar a palavra, por cinco minutos, semanalmente, durante o período destinado às Comunicações de Liderança, para expressar sua posição.

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Dos 513 deputados, conforme Brito, 31 se declaram pretos e 91, pardos. “Portanto, a bancada negra, que ora se propõe criar, corresponde a aproximadamente 24% dos 513 parlamentares desta Casa, revelando-se incontroversa a legitimidade de sua criação”, completou o relator do projeto. A iniciativa, informou Brito, não terá nenhum custo adicional para a Câmara, uma vez que não haverá criação de cargos, salas ou assessoria.

Entre os integrantes da bancada negra, estão três gaúchas: Diana Santos (PCdoB) e Denise Pessôa e Reginete Bispo, do PT.